Porto Alegre/RS
O mercado brasileiro de carne suína se aproxima do final de maio recuperando parte das perdas registradas ao longo dos quatro primeiros meses do ano. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Hedler, a demanda interna ainda não é a ideal, embora tenha melhorado no decorrer do mês. “Este fato, aliado ao aumento das exportações, garantiu uma alta nas cotações tanto do suíno vivo quanto dos principais cortes no atacado”, destaca.

O analista ressalta que a média de preços do quilo vivo no Centro-Sul avançou 5,9% desde o final de abril, passando de R$ 2,93 para R$ 3,10 até esta quinta-feira (28). No atacado, os preços do pernil apresentaram um decréscimo de 0,9%, de R$ 6,32 para R$ 6,26, enquanto o quilo da carcaça teve um avanço de 3,8%, de R$ 4,67 para R$ 4,85. “O pernil está demorando um pouco mais para reagir, mas pela perspectiva dos frigoríficos os preços tendem a subir nas próximas semanas também”, comenta.

Hedler informa que o preço do milho em maio seguiu mais baixo em comparação com os valores praticados no mesmo mês do ano passado em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o que também anima o suinocultor neste momento.

Nas exportações, o desempenho positivo indica que pela primeira vez no ano os resultados ficarão acima dos registrados no mesmo período do ano passado. “Considerando uma média diária de 1,9 mil toneladas de carne suína até a terceira semana do mês, a expectativa de volume gira em torno de 39,0 mil toneladas “in natura”, o que deve representar embarques totais de 44,0 mil toneladas. Se confirmado esse resultado será 16% maior que as 38,2 mil toneladas embarcadas em maio do ano passado”, afirma.

Outra boa notícia é que os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina receberam o certificado internacional de livres de peste suína clássica, o que deve contribuir para fomentar ainda mais as exportações destes dois estados em médio e longo prazos.

A análise de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo avançou 15% entre o final de abril até esta quinta-feira (28), passando de R$ 57,30 para R$ 65,90. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 2,95 para R$ 2,87, enquanto no interior a cotação passou de R$ 3,03 para R$ 3,16. Em Santa Catarina o preço do quilo seguiu em R$ 2,83 na integração. No interior, a cotação subiu de R$ 2,80 para R$ 3,10. No Paraná o quilo vivo subiu de R$ 2,97 para R$ 3,00 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo seguiu em R$ 3,04.

No Mato Grosso do Sul a cotação teve alta de R$ 2,90 para R$ 3,10 na integração, enquanto em Campo Grande a cotação subiu de R$ 3,20 para R$ 3,40. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 3,30 para R$ 3,50, mesmo variação de preço registrada no interior de Minas Gerais. No mercado independente mineiro a cotação subiu de R$ 2,90 para R$ 3,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 2,79 para R$ 2,70. Já na integração do estado a cotação recuou de R$ 2,55 para R$ 2,45.

Fonte: Safras & Mercado