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É possível usar a compostagem no tratamento dos dejetos suínos

Segunda-feira, 09 de Janeiro de 2012
É possível usar a compostagem no tratamento dos dejetos suínos

O desenvolvimento de tecnologias alternativas para o manejo e o tratamento de dejetos suínos por meio da compostagem foi introduzida em resposta aos problemas de poluição química, orgânica, de odores, dos custos de implantação de sistemas convencionais de armazenamento e tratamento e da distribuição como fertilizante orgânico, ocasionados pelo manejo dos dejetos líquidos” – explica o pesquisador Paulo Armando de Oliveira da Embrapa Suínos e Aves, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com sede em Concórdia, SC.

O processo de compostagem desenvolve-se em duas fases. A primeira fase caracteriza-se pela incorporação dos dejetos líquidos aos resíduos sólidos (maravalha, serragem, palha, casca de arroz) usado como substrato até se obter uma massa com umidade e relação C/N (carbono/nitrogênio) adequadas. A segunda fase é de processamento acelerado da compostagem em decorrência da adequação das características favoráveis à degradação microbiológica da matéria orgânica.

Nesse processo, os nutrientes presentes nos dejetos são concentrados, sendo promovida a degradação da matéria orgânica, estabilização do composto e evaporação d’água contida nos dejetos por meio da geração de calor desenvolvida na compostagem. Considerando essas peculiariedades, Oliveira trabalhou para desenvolver um sistema de tratamento dos dejetos brutos de suínos, utilizando maravalha e serragem, com vistas à produção de um composto passível de ser utilizado como fertilizante orgânico.

Segundo o pesquisador, os resultados observados demonstraram a possibilidade de incorporação dos dejetos de suínos brutos aos substratos a uma taxa total de 8,68 e 7,89 litros de dejetos por kg de substrato seco, respectivamente para maravalha e serragem. As variações de temperatura e de umidade observadas na massa antes e após as aplicações evidenciam a ocorrência da evaporação da água contida nos dejetos, em virtude da geração de calor latente decorrente do processo de compostagem.

Os resultados de N-Total e C-orgânico após cada aplicação demonstraram diminuição da relação C/N, evidenciando-se a incorporação de maiores taxas de dejeto aos substratos e a conseqüente ocorrência da degradação da matéria orgânica. Esses trabalhos serviram de base para a implantação de unidades de observação sobre a compostagem dos dejetos líquidos de suínos em propriedades na região de Serafina Correia, RS, pelo veterinário Marcos Dai Prá.

O resultado desse trabalho demonstrou a possibilidade de utilização do processo de compostagem para o tratamento dos dejetos de suínos, finaliza Oliveira, que tem como vantagens a redução de odores e dos custos de implantação e ainda a possibilidade de comercialização do produto final como fertilizante orgânico.

Os trabalhos desenvolvidos em compostagem foram realizados em parceria com o professor Dr. Armando Borges de Castilho de Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC, Florianópolis, através do seu Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental e com o veterinário Marcos Antonio Dai Prá da Perdigão Agroindustrial S/A - Regional do Rio Grande do Sul.

FONTE: Embrapa

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