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Carne suína está mais presente na mesa dos brasileiros

Sexta-feira, 12 de Agosto de 2016
Carne suína está mais presente na mesa dos brasileiros

Nunca os brasileiros consumiram tanta carne suína como nos dias de hoje. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), pela primeira vez o brasileiro está consumido mais de 15 quilos desta proteína anualmente. Mesmo assim é pouco. No mundo, esta é a carne mais consumida (42,9%), contra 34,6% da carne de frango e 22,5% da carne bovina. No Brasil, a preferência aparece em terceiro lugar. Talvez pelo tabu de que carne de porco seja rica em gordura e prejudicial ao organismo.

Na verdade, ela não faz mal à saúde se for consumida da forma correta e em porções normais. Outra importante garantia ao consumidor é a qualidade da carne suína produzida no Brasil, considerada referência mundial.  Em Santa Catarina, onde se concentra o maior rebanho suíno do país, a situação sanitária é exemplar. Desde 2007, o Estado é reconhecido mundialmente por ser livre de febre aftosa sem vacinação e no ano passado, ao lado do Rio Grande do Sul, recebeu da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) a certificação de zona livre de Peste Suína Clássica.

De acordo com o Médico Veterinário Marcos Vinícius de Oliveira Neves, Tesoureiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC) e Gerente Estadual de Defesa Sanitária Animal da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) são sete milhões de cabeças. “Santa Catarina é responsável por aproximadamente 25% de toda a produção brasileira. Este setor representa um importante segmento para o desenvolvimento socioeconômico do Estado, totalizando mais de 10 mil propriedades comerciais de suínos”, explica o Veterinário.

O que a maioria dos consumidores não imagina é que, até o alimento chegar ao prato, uma série de medidas é adotada para garantir segurança. Em território catarinense, por exemplo, o Programa Estadual de Sanidade Suídea da CIDASC, reúne médicos veterinários referências locais que atuam em 19 administrações regionais em todo o Estado. “Também estabelecemos importantes parcerias com outras instituições públicas e privadas, que executam, compartilham e constroem as estratégias das ações de defesa”, completa Marcos.

Um dos Médicos Veterinários responsáveis pelo programa de sanidade suína em Santa Catarina, Jader Nones explica que do ponto de vista sanitário, é fundamental que o consumidor adquira carne, produtos e subprodutos de suínos que foram inspecionados por veterinários que atuam nos serviços de inspeção municipal, estadual ou federal. “Toda carne, submetida à inspeção de carcaças, fornece as garantias necessárias para o consumo seguro, evitando contaminações, como por exemplo, consumo de cisticercos”, salienta Jader. Quando os cisticercos são detectados por médicos veterinários (hoje em dia são muito raramente são detectados devido a baixa incidência deste parasita), a carne é descartada ou submetida a tratamentos térmicos garantindo, desta forma, a segurança alimentar dos consumidores.

A Médica Veterinária Sabrina Tavares, que também coordena o Programa de Sanidade, acredita que o status atual não seria alcançado sem a construção de uma sólida parceria entre o serviço de inspeção, defesa sanitária animal, setor privado e produtivo. “O esforço conjunto dos médicos veterinários em busca de uma excelência em sanidade animal, visando a manutenção e a ampliação do status sanitário dos rebanhos também é fundamental”, conclui.

Saiba mais

- A carne suína também se destaca pelo seu conteúdo de cálcio, fósforo e principalmente potássio, que tem importante função na normalidade da pressão sanguínea

- Outro mineral importante da carne suína é o ferro, que é biodisponível e rapidamente assimilado pelo organismo A deficiência de ferro é especialmente sentida pelas crianças e mulheres: público alvo de riscos de anemia.

- A carne suína é uma excelente fonte de vitaminas do complexo B, principalmente de Tiamina (B1), Riboflavina (B2) e Cobalamina (B12)”,

- Possui adequado teor de proteínas (19 a 20% na carne magra)

Participação na produção nacional do complexo de carnes

Consumo de carnes no Brasil e no mundo – 2016

Fonte: Redação com informações CRMV-SC

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