O valor recebido em reais pela carne suína embarcada continua sendo impulsionado pela valorização do dólar nos últimos três meses. Em agosto, o preço médio do produto embarcado foi de R$ 6,27/kg, 5,7% mais alto que o de julho e 20,6% superior ao de igual período do ano passado. Segundo pesquisadores do Centro de Estudo Avançados em Economia Aplicada Esalq/USP-Cepea, é o maior valor registrado desde outubro de 2008, quando a economia mundial passava pelo auge de uma crise financeira e a moeda norte-americana também estava muito valorizada.
Os embarques também têm crescido, mas não em ritmo suficiente para alcançar o mesmo volume de 2012. De janeiro a agosto deste ano, o total embarcado foi de 292 mil toneladas, segundo dados da Secex. Assim, para encerrar 2013 ao menos com a mesma quantidade de carne suína exportada no ano passado, de 499 mil toneladas, é necessário exportar ainda 207 mil toneladas entre os meses de setembro e dezembro, marca que nunca foi atingida na história das exportações de carne suína neste período. No mercado interno, pesquisas do Cepea mostram que os preços do suíno vivo e também da carne no atacado permaneceram praticamente estáveis no período. Nesta região, os criadores independentes estão recebendo R$ 3,22/kg/vivo, os integrados recebem R$ 2,53/kg/vivo e leitões, em torno de R$ 20,00/cabeça. A cotação do milho está em R$ 26,00 a saca de 60 kg; a tonelada de farelo de soja R$ 1.260,00 à vista e R$ 1.273,33 em 30 dias, o que indica uma perspectiva de alta deste produto nos próximos dias. A equipe do Escritório Regional da Emater/RSAscar de Lajeado no mês de setembro deverá realizar 80 laudos do programa pró-produtividade para produtores de suínos integrados. Na região de Erechim, o milho está sendo comercializado de R$ 22,00 a R$ 26,00 por saca e, o kg do farelo de soja, de R$ 1,30 a R$ 1,70. Os produtores integrados estão recebendo R$ 2,70 por kg de suíno vivo. As empresas que atuam na região informam que houve redução no alojamento de matrizes.
Diante das dificuldades enfrentadas pelo setor nos últimos anos, os agentes financeiros têm limitado a captação de recursos de custeio e investimento para os suinocultores desenvolverem sua atividade.
Fonte: Com informações do boletim semanal divulgado pela Emater (RS). (CBL)
