O poder de compra de suinocultores está menor neste início de fevereiro, devido às altas de preços do milho, um dos principais insumos utilizados na atividade, junto ao farelo, e à continuidade das quedas nas cotações do animal vivo. De acordo com pesquisadores do Cepea, o clima adverso, as altas nas cotações externas do milho e a valorização do dólar frente ao Real têm elevado os preços do cereal. A forte desvalorização do suíno vivo no mercado interno, por sua vez, é resultado do recuo de preços no mercado atacadista, em decorrência da menor demanda. Frente ao farelo de soja, a relação de troca também está desfavorável ao produtor, mas, neste caso, pesou, principalmente, o recuo na cotação do animal vivo.
Entre 6 e 13 de fevereiro, o suíno vivo chegou a se desvalorizar 11,4% no estado de São Paulo, com o quilo do animal sendo cotado a R$ 3,49 nessa quinta-feira. Segundo colaboradores do Cepea, a baixa no mercado paulista é reforçada pela entrada de carcaças e animais vivos do Sul. Em Minas Gerais, apesar de a Bolsa de Comercialização registrar sugestões de preços a R$ 4,00/kg, os negócios têm sido efetivados em torno de R$ 3,80 - o Indicador do estado de MG no dia 13 foi de R$ 3,76/kg.
No Sul, a queda mais acentuada entre os estados pesquisados, nos últimos sete dias, foi de 4,4%, no Rio Grande do Sul, onde o quilo do suíno passou para R$ 3,02 na quinta. No Paraná, o Indicador foi de R$ 3,23/kg e, em Santa Catarina, de R$ 3,23/kg, respectivos recuos de 2,8% e 0,9%.
No atacado da Grande São Paulo, os preços também seguem em queda. Entre 6 e 13 de fevereiro, o recuo foi de 4,2% tanto para a carcaça comum quanto para a especial suína, que passaram a ser comercializadas nas médias de R$ 5,31/kg e R$ 5,59/kg, respectivamente, no dia 13.
Fonte: Cepea/Esalq.