O mercado brasileiro de carne suína sinalizou melhora de preços ao longo da semana. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Hedler, foi uma alta tímida, de 1,7%, pois a média de preços na região Centro-Sul passou de R$ 2,89 para R$ 2,94, mas que sempre é bem-vinda. “Agora vamos aguardar o comportamento do mercado durante a segunda quinzena do mês, que costuma ter demanda mais fraca”, comenta.
No atacado, Hedler sinaliza que os preços do pernil apresentaram estabilidade, cotados a R$ 6,24. O quilo da carcaça também não teve variações frente à semana anterior, cotado a R$ 4,61.
A boa notícia da semana foi que as exportações de carne suína “in natura” registraram uma média diária muito positiva ao longo da primeira semana de maio, alcançando 2,6 mil toneladas. “Este é o melhor desempenho desde a primeira semana de novembro do ano passado, quando o valor médio registrado foi de 3,33 mil toneladas. Se os embarques mantiverem esse ritmo, há chance de superar as 50 mil toneladas ao final de maio”, pontua.
Hedler sinaliza que as exportações estão melhorando mês a mês, embora ainda estejam menores em relação ao ano passado. O analista sinaliza que as exportações totais em abril atingiram 40,8 mil toneladas, com um incremento de 15,2% ou 5,4 mil toneladas em relação a março. Na comparação com abril de 2014, entretanto, houve queda de 3,1%.
Segundo o analista, apesar de ainda inferiores a 2014, as exportações devem contribuir para reduzir a disponibilidade interna de carne suína daqui para frente. “No primeiro trimestre, foram produzidas pouco mais de 892 mil toneladas e embarcadas 89,3 mil toneladas de carne suína, o que gerou uma oferta interna de 802,7 mil toneladas. Essa disponibilidade foi 8,95% maior em relação aos três primeiros meses do ano passado, o que também ajudou a pressionar as cotações internas do produto”, explica.
A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo avançou de R$ 57,80 para R$ 64,00 ao longo da semana. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 2,90 para R$ 2,88, enquanto no interior a cotação seguiu em R$ 3,02. Em Santa Catarina o preço do quilo seguiu em R$ 2,83 na integração. No interior, a cotação se manteve em R$ 2,80. No Paraná o quilo vivo caiu de R$ 2,83 para R$ 2,75 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo seguiu em R$ 3,04.
No Mato Grosso do Sul a cotação teve alta de R$ 2,90 para R$ 3,00 na integração, enquanto em Campo Grande a cotação subiu de R$ 3,20 para R$ 3,30. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 3,20 para R$ 3,40, mesmo variação de preço registrada no interior de Minas Gerais. No mercado independente mineiro a cotação subiu de R$ 2,80 para R$ 3,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis seguiu em R$ 2,69. Já na integração do estado a cotação recuou de R$ 2,40 para R$ 2,30.
Fonte: Agência SAFRAS