O encerramento de ano se aproxima e colaboradores do Cepea relatam um cenário atípico para o período. Em plena segunda quinzena de outubro, ainda não se vê aquecimento das compras de suínos vivos para a formação de estoques a serem escoados no final do ano. Segundo pesquisadores do Cepea, esse comportamento dos frigoríficos decorre da oferta de animais relativamente baixa, tendo em vista que o alto custo da ração no correr deste ano levou muitos produtores a reduzir o plantel em meados de julho. Como consequência, a oferta de animais diminuiu nos meses seguintes, o que, inclusive, motivou forte recuperação nos preços do suíno vivo entre meados de agosto e de outubro. Se, agora, a demanda se acentuasse para o abastecimento das festas de final do ano, os preços do vivo tenderiam a ter altas ainda maiores. As valorizações recentes do animal vivo já foram repassadas para o consumidor final, mas, como resposta, as vendas começam a dar sinais negativos, uma vez que a carne bovina e a de frango se tornaram mais atrativas.
Assim, entre 18 e 25 de outubro, os Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ apresentaram variações distintas entre as regiões pesquisadas pelo Cepea. Em Santa Catarina, houve recuo de 1,1%, a R$ 2,79/kg nessa quinta-feira. Em São Paulo, o preço pago ao produtor passou para R$ 3,25, queda de 0,9%. No Paraná, a desvalorização foi de 0,3%, a R$ 2,89/kg, ao passo que, em Minas Gerais, o quilo do animal valorizou 2,8%, com o preço médio de R$ 3,62/kg. No Rio Grande do Sul, o preço do animal teve elevação 0,7%, indo para R$ 2,71/kg.
No mercado de carne, também entre 18 e 25, tanto o preço da carcaça suína comum quanto especial, no atacado da Grande São Paulo, recuou 0,8%, a R$ 4,84/kg e R$ 5,15/kg, respectivamente, nesta quinta.
Fonte: www.suinoculturaindustrial.com.br