Estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostram que um acordo de livre comércio entre Mercosul e a União Europeia (UE) poderia aumentar em pelo menos 30% a corrente de negócios entre Brasil e a UE. Durante reunião de Cúpula Brasil-UE, realizada nessa segunda, dia 24, em Bruxelas, na Bélgica, a presidente da CNA, Kátia Abreu, disse que um acordo de livre comércio seria bom para a Europa e bom para o Brasil.

O volume de comércio entre Brasil e União Europeia em 2013 ficou em US$ 98,5 bilhões, com um saldo favorável aos europeus de quase US$ 3 bilhões. As importações de produtos europeus fecharam em US$ 50,7 bilhões e as exportações brasileiras para UE, somaram US$ 47,8 bilhões, abaixo do pico registrado em 2011, de US$ 53,2 bilhões.

No ano passado, só as exportações do agronegócio para a UE fecharam em US$ 23 bilhões, quase a metade do total de vendas externas do Brasil para os europeus. Segundo a CNA, os europeus têm o maior estoque de investimentos estrangeiros diretos no Brasil e um acordo permitiria manter o ritmo de aplicações anuais, fortalecendo a posição da UE como maior investidor no país.

Este ano, porém, a situação se complica com a perda de preferências tarifárias antes concedidas ao Brasil no âmbito do Sistema Geral de Preferências da União Europeia, que poderia ser compensada se houvesse um acordo de livre comércio, na avaliação da CNA. Outra questão é atenuar as dificuldades do fator Argentina, que poderia criar um obstáculo ao acordo.

O acerto de livre comércio envolve serviços, unificação de regras sanitárias e fitossanitárias e procedimentos, além de redução de burocracia.

Fonte: Agência Estado